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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nosso Tempo





Meu amor... Nos partimos, ou nos encontramos nesse inferno do meu coração? Às vezes, a vida se torna densa demais para que nos iludamos com nossos sonhos. Aqui, nesse tempo, em nossas lágrimas, seu olhar perdido em mim, procurando o sorriso para me encher de paz... Ainda dá tempo de curarmos as nossas feridas e tentarmos ser feliz? Talvez tenhamos engolido tantas mentiras que ficamos assim, doentes, esperando a cura em milagres dos homens, e tenhamos nos decepcionado com o mundo. É difícil amar, se o amor é sempre a nossa ruína, sem ter em quem confiar... Nossas cartas, nossas noites de solidão, devastadas por tantas ambições da nossa própria morte. O que eu posso fazer, meu amor, além de te abraçar todas as noites, e tentar esquecer as sombras de toda a vaidade. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

Memórias

Dessas confusões em nossa mente... Amamos à nós, à nossa história solitária em meio à sombras que ignoramos? Morremos em nossos braços, e quem nos ergueu por um pouco mais de ilusão? Vigiados, programados... Serão essas palavras nossas, ou seremos a face do silêncio, que nos abandonou em nossos erros e nos uniu em nosso paradoxo? Meu amor, ainda é nossa essa veste machucada, nossas cicatrizes desertas, esperando a redenção... Se abandonarmos esse mundo, que esperança terá valor? Poetas já se desiludiram com o tempo, e sabemos que a morte é certa para todos nós... Mas eu queria ainda, um lugar solitário para abrigar um pôr do sol, tão belo quanto aqueles de nossas memórias, perdidas em nossa loucura, em passos que se perderam nesses anos, vagando à esmo pelos becos fracassados de nossas vidas. Não regamos nenhuma flor, em nossos jardins abandonados, mas eu sei que elas existem e que suas cores ainda podem brilhar em nossas retinas...