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sábado, 25 de janeiro de 2014

Se...

 


Esses caminhos que percorremos inconscientes... Tudo parece ser exato até mesmo quando falhamos... Eu podia ter olhado pela janela quando eu era jovem, ou caído no abismo ainda criança, mas as escolhas eram segundos de um tempo estático. E nada importava... Amores que construímos em nosso tédio, para chorar lágrimas que eram belas, e manchavam as últimas folhas do caderno onde desenhávamos corações. Eu sei que talvez exista um muro lá adiante, onde nossas fraquezas sempre olharam para trás, procurando afeto em nossas memórias, mas... O dia claro de hoje, desse instante em que eu te escrevo, é apenas um fragmento de um futuro que nem imaginávamos, e para quê? Se podíamos ter parado lá atrás... Eu estarei lá, te esperando nas páginas de um romance qualquer... Talvez chova muito, talvez eu me embriague... Talvez eu te odeie e te ame ainda mais... A poesia de toda a minha ilusão diante de um mundo que eu nunca quis entender, mas que sangrou meus passos para que eu percebesse que a vida, essa extensa lacuna entre nossos medos, talvez nunca exista mais, a não ser em nossos sonhos...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ilusão


Hello...
Esses sonhos talvez sejam a única coisa que nos resta... Colorir nossos adeuses dessa última estação. Aqui estarei, desnuda, em seus braços, que já sentem essa distância irreal nessa pouca pele que nos cobre. Saber o que significa esse amanhã... Nebuloso ou eterno, talvez seja parte da ironia de nossos deuses. Mas nas horas mortas da madrugada, onde fingimos a nossa solidão, é pouco esse tempo que espalha nossos versos, e engole nossos beijos... Nossos beijos partidos em nossos corações, esse desejo que nos adormece, e nos veste de fragmentos de toda a nossa ilusão. Ontem nada havia, éramos sós de mãos dadas que se perdiam... Mas agora, esses segundos que não se perdem, onde nos encontramos em cada sorriso, ou em um olhar distraído. Você, que agora se faz eterno, nesse meu elo corrompido de infâncias inexistentes, de pesadelos inertes... Nosso barco que navega sem rumo, certo de um destino e um descanso... Tantas luzes esquecidas entre os astros, e nós desmaterializamos nossos corpos para esse amor latente e urgente... Eu te espero... Sempre...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A Dream for Today

 
 
 
Hi, my love...
 
Is the night really warm? I dreamed with these moment for so long... A moment of hope, though may the seconds be running out of our hands. Are there angels to reach me tonight? What would they say? Do you need time for miracles? I hear your silence in my heart... Sometimes you cry... It's been lonely here, aching within my blood, but I still have a reason to fight against this hate I cannot understand... This presence of the unkown angel, it still spills sadness in my soul, and there are not words to make it better. It still hurts me so... But today, I found a way to make a ordinary flower grow amond the stoned shadows... Believe me... I will live for this day, where freedom will carry us home.
 
Loving you...

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eterno

 
 
 
A cidade já se despe, vejo seus vultos... Aqui no meu quarto escuro, eu te tenho em meus braços. Sinto-te ardente, desejando meu prazer involuntário, soberbo e tenebroso. Procuro teus beijos... Sua saliva escorre do meu queixo... O nos prende à esse mundo sórdido, exceto essa angústia? Os demônios quentes, fingem amor... Depois roubam e destroem. Nosso grito mudo transformado em gemidos agudos... A parede é pouca, o colchão é pequeno, o travesseiro insuficiente... E te quero assim, lentamente se apossando dos meus sentidos, molhando seus dedos no meu gozo, disfarçando meus sorrisos. Esse tanto eterno em nossas carnes, esperando pelo último suspiro. É liberdade? Que sentido existe em se lançar ao pó, se não for para evaporar com o nosso suor? Te amo loucamente, fugindo do abismo entre as minhas pernas...
 


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Hope

 


Lonely land, this one I run. I thought that there was just our pride that was tearing us apart. But there are so many words I still cannot understand, like failing my dreams of freedom. These are flowers that I found here, under the trees. The same trees that grow outside... They remind me that everything here is there to waste, like all of my tears... Hold me, my love... There will be a sky without racking wires, within our weaking souls. All the montains I claim are my nearest desert, where not only cold water is desirable, but our reigns of passion and desire... This cannot last so long... We deserve that... Our  own miracles of peace.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Em Tempo

 




Vários minutos já se acabaram... Ainda tenho os seus beijos. O silêncio se move nas nuvens, e não se incomoda com a loucura do tempo, esse que nos destrói. Nosso abrigo debaixo dos teus lençóis, onde as correntes nos sedam e nos entregam à paixões... O que esperamos dessa vida, além de nossos sonhos, azuis, pulverizados em plantações de flores? O inverno frio de nossos corações... Não escolhemos outra roupa, nossa pele nua, em cicatrizes expostas ao vento. Essas palavras, talvez se calem um dia, talvez olhem em outra direção, mas agora elas sangram o que não se pode ver perfeito. Meu próprio amor. Fuja se puder, meu amor... Se esconda no abismo do universo, se entregue à última estrela. Esse céu cinza ainda há de desaparecer dos nossos olhos, e nos libertar... Já houveram guerras demais, e nenhum rei foi coroado... Mas seus pés descalços sempre pisaram espinhos, e a chuva ainda alaga nossas ruas...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Tristeza

 
 
 
A tarde cai agora, vazia... Engolindo os mistérios de cada solidão. Um sonho tão distante, que inventei nos meus braços, com recortes de jornais, no lado de dentro, sufocado e inerte. O tempo que nos separa, que inventa mentiras e deixa pobre o meu amor, secas como as flores que me rodeiam. Existe um ódio com o qual eu não sei lidar, encravado nas misérias dos corações amargurados, que lentamente apagou o brilho dos meus olhos e me roubou a alegria de viver. A simples alegria de observar o sol colorir o céu ao entardecer. Essa ganância de me impedir de amar furou meus olhos com maldade, e me sepultou em minha própria cama. E de que adiantam asas se o céu está sempre nebuloso, e me espreitam os urubus? A última esperança é um sono eterno, onde eu não sinta mais as pedras que me feriram, e nenhuma memória seja dolorida demais para ser lembrada. Sinto saudades de um lugar que eu ainda não conheci, onde os estranhos sejam novamente estranhos, e possam ser amados, sem que esse amor possa nos destruir. 
 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Saudade

 


Meu amor...
 
Onde estás agora, além de adormecido em meus braços? Pode sentir os batimentos do meu fraco coração a te esperar? Aqui, nas paredes envelhecidas do meu quarto, as horas passam lentamente, em madrugadas insones sob o ruído gélido dos meus devaneios. Observo a prateleira com minhas poucas bonecas... Ainda me fazem companhia as ilusões da infância, quando já tudo parecia se ausentar de mim e seu rosto ainda era estranho. Procuro seu olhar em cada instante distraído, e me atiro de precipícios na esperança que o vento me leve para bem longe, onde a saudade não possa mais devorar os meus sentidos... Queria ouvir a sua voz mais uma vez, e segui-la além da distância dos mares, e não mais me hipnotizar pelo canto das sereias, que tanto querem te roubar de mim, tomando as suas lágrimas que empedraram o meu coração, onde tantas portas fechei... Venha, meu amor... Rasgado está meu ventre, sem os seus beijos para cicatriza-lo....
 
Eternamente sua,
 
Eu...

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Por Agora

 

 
Por que não vê?
Essa desilusão nos meus braços, quantos minutos até meu coração parar de bater? Todos inventamos histórias... É o nosso remédio, o nosso conforto. Meus lençóis estão amarrotados... O amor que cava em mim e que me faz transpirar... Eu podia cair da janela, e esquecer que lá fora tudo foi o mundo, esse mundo de bilhões de péssimas intenções. Quando a morte vem, em suas navalhas de traições, os laços dos presépios se partem. Esse Deus em silêncio, o que espera? Nunca busquei outra coisa, além do cansaço do amor, das lágrimas que podíamos enxugar durante a madrugada, de nossos corações partidos. A miséria cresce como heras nas tubulações do prédio e me arrastam pela escadaria escura do ódio e do tédio. Aqui fiquei, esperando olhos sagrados em meio à retinas descoladas. Deus foi azul? Deus de pés e mãos? E esse meu desejo profanado, de que é feito? Achei que me vendia, e vencia... Mas tudo é turvo nesse espelho de mentiras, e de um amor que não é cuidado ou etéreo. Essas palavras ficaram perdidas nessa página sem que ninguém as leia? Não posso vencer os oceanos que nos separam, mas te procuro em alguma lágrima verdadeira. Amor, se vai, não se confunda na estrada em que caímos... Era pouco e era tudo, esperar os últimos minutos...