Páginas

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eterno

 
 
 
A cidade já se despe, vejo seus vultos... Aqui no meu quarto escuro, eu te tenho em meus braços. Sinto-te ardente, desejando meu prazer involuntário, soberbo e tenebroso. Procuro teus beijos... Sua saliva escorre do meu queixo... O nos prende à esse mundo sórdido, exceto essa angústia? Os demônios quentes, fingem amor... Depois roubam e destroem. Nosso grito mudo transformado em gemidos agudos... A parede é pouca, o colchão é pequeno, o travesseiro insuficiente... E te quero assim, lentamente se apossando dos meus sentidos, molhando seus dedos no meu gozo, disfarçando meus sorrisos. Esse tanto eterno em nossas carnes, esperando pelo último suspiro. É liberdade? Que sentido existe em se lançar ao pó, se não for para evaporar com o nosso suor? Te amo loucamente, fugindo do abismo entre as minhas pernas...
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário