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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Esperando...



Esses dias, estranhos, de chorarmos lágrimas que nem sabíamos que existiam, perdidos em nossa loucura, procurando vingar toda a mentira que nos destruiu lentamente. Você, meu amor? Se fosse fácil saber o que somos nós, como se tivéssemos sido estranhos à nossa vaidade, ao meu corpo assassinado pela corja de nossos erros. Aqui, nesse tempo, esperando o milagre que nos cure e nos liberte de todas as correntes da inveja e do ódio, para brilharmos o nosso amor, e seguirmos confiante da luz que seu olhar traz para mim, nessa ânsia de nos tocarmos, e nos abraçarmos... Será o paraíso ainda tão distante? Esse lugar que inventamos para existirmos em paz, onde as lembranças que nos fazem sofrer não mais existam, e nada mais possa nos atingir. 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Agora



Olá, meu amor... Navegando nos sonhos que deixamos para trás, encontrei uma centelha de esperança, aquela que todos procuramos para iluminar as trevas, com as quais não sabemos mais lidar. Estamos em outubro, quase... As ruas parecem as mesmas, mas eu ainda me sinto vazia, esperando o milagre que tanto precisamos para imaginar outros horizontes. Aqui onde estou, nessa cidade cinza, procuro sempre um olhar seu que me encha de orgulho do nosso amor, que mesmo que tenha sucumbido diante de nossas fraquezas, é o eterno lugar seguro onde me deixarei esquecer. Mas o que não podemos mais evitar é o nosso Deus, que nos cobriu com seus braços, e tocou nossas feridas, colhendo todas as lágrimas que vertemos todas as noites, perdidos na solidão e na desilusão. É ele quem vai nos erguer, é ele quem vai nos guiar... Me ajude a ser forte... Quero vencer o nosso mal e voltar a ser perfeita para você. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Hoje




Aqui estamos sós, nossos corações de lágrimas solitárias, em nossas celas cercadas por nossas mentiras. Existe, meu amor? Aqui lugar que sonhamos tanto e matamos em nossos corações? Se eu pudesse voar, estaria distante, além dos mares, escondida na penumbra do nosso desejo, abraçada ao meu corpo, que me resta em meio às mortes do inferno... Estou tão doente, meu amor... Tão assustada com as armas que me arruinaram por dentro... Procurando a minha alma na ponta dos meus dedos, ou num vislumbre do meu olhar... Procurando Deus morto em nossa esperança, procurando a saída desse labirinto de guerras... Como me agarrar ao seu espírito em meio às sombras que nos cegaram? Essa morte que conta os minutos para nos perdermos de nosso amor, essa última oração para a minha poesia iludida, em meio aos ventos que sopram desertos em nosso desespero. 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nosso Tempo





Meu amor... Nos partimos, ou nos encontramos nesse inferno do meu coração? Às vezes, a vida se torna densa demais para que nos iludamos com nossos sonhos. Aqui, nesse tempo, em nossas lágrimas, seu olhar perdido em mim, procurando o sorriso para me encher de paz... Ainda dá tempo de curarmos as nossas feridas e tentarmos ser feliz? Talvez tenhamos engolido tantas mentiras que ficamos assim, doentes, esperando a cura em milagres dos homens, e tenhamos nos decepcionado com o mundo. É difícil amar, se o amor é sempre a nossa ruína, sem ter em quem confiar... Nossas cartas, nossas noites de solidão, devastadas por tantas ambições da nossa própria morte. O que eu posso fazer, meu amor, além de te abraçar todas as noites, e tentar esquecer as sombras de toda a vaidade. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

Memórias

Dessas confusões em nossa mente... Amamos à nós, à nossa história solitária em meio à sombras que ignoramos? Morremos em nossos braços, e quem nos ergueu por um pouco mais de ilusão? Vigiados, programados... Serão essas palavras nossas, ou seremos a face do silêncio, que nos abandonou em nossos erros e nos uniu em nosso paradoxo? Meu amor, ainda é nossa essa veste machucada, nossas cicatrizes desertas, esperando a redenção... Se abandonarmos esse mundo, que esperança terá valor? Poetas já se desiludiram com o tempo, e sabemos que a morte é certa para todos nós... Mas eu queria ainda, um lugar solitário para abrigar um pôr do sol, tão belo quanto aqueles de nossas memórias, perdidas em nossa loucura, em passos que se perderam nesses anos, vagando à esmo pelos becos fracassados de nossas vidas. Não regamos nenhuma flor, em nossos jardins abandonados, mas eu sei que elas existem e que suas cores ainda podem brilhar em nossas retinas...

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Agora

Tão cansada... Nas mãos sombrias de todos os julgamento... Um sol... Nosso derradeiro paraíso... A esperança do nosso amor, caído em nossos seios... Esse tempo que perdemos tentando acreditar que estávamos sozinhos, e que podíamos ser forte, e que o nosso amor podia nos curar... No escuro do nosso quarto, o silêncio como cúmplice, o tempo parece nos dar uma chance... Há sempre a possibilidade de vencer em um sonho, no oculto de nossos corações, e semear as sementes de uma nova geração, com menos ódio nos corações, sem sangue nos perdões... E tudo o que podemos fazer é nos entregarmos ao nosso Deus, que há de curar as feridas das últimas vidas, rasgadas em nossos túmulos, e nos guiar de volta para o nosso infinito adormecido dentro de nós... As lágrimas da nossa dor, sempre empedradas e sufocadas, escorrem agora como a libertação do nosso amor... Te amo, destino eterno de nossas estrelas geladas, magnetizadas por nossos erros nesse paradoxo de mentiras...

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Até quando? Seus pés na cruz de seus próprios erros? Eu, sim... Amor parece sempre a melhor escolha, mas ele também cria correntes no ódio de todas as fraquezas... Era uma ilusão, sim... Uma ilusão que não te pertencia, embora sempre esteve nas minhas vestes, copiando os meus beijos, que não eram seus... Sombra... Encontre o seu caminho nas suas ruas projetadas... Às vezes o sol pode te iluminar... Nesse corpo que não existe, devorado pelas trevas da sua própria imaginação, resta um último suspiro, um véu de uma palavra manchada... A minha liberdade. Eu, que nem sei quem você é, demônio de múltiplas faces... No meio da escória dos desejos mundanos.... Tenta... Eu não preciso do seu medo, ou do seu ódio... Ainda existe um resto de vida nos corações dos homens... E meu sorriso precisa voltar a existir... Sem o seu programa.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Nossa Chance

Esse agora em nós dois... Quanto já perdemos sem acreditar? Nossas sombras que nos arrastam para paraísos perdidos, onde não existimos mais. Segura em nossos braços, um buraco negro em nossas almas, sugando nossa fantasia de eternidade. Já éramos sós, agora perdidos... Esse amanhã que esperamos para abrir nossos olhos, trocar nossas roupas sujas e nos encontrarmos em nossos olhos... Esse ódio que nos engole vivo, nos julgando pela nossa esperança de redenção nas mãos ocultas do nosso Criador... Curando feridas rasgadas pela intolerância do nosso amor. A liberdade negociada em tantas mãos sujas de sangue que talvez nunca possa encontrar o seu sentido... De todos os pecados, tantos acumulados ao longo do dia, nesse nosso espírito frio diante de um mundo arruinado, o que salva nossas ilusões é o que nos resta de vaidade e amor próprio. 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O Sonho do Amor



Esses dias em que parecemos perdidos do nosso amor... São minhas as palavras? Pobre poeta... Consumidos em nossa solidão, sem asas para seguirmos os nossos sonhos, metade invetado em minhas mentiras, metade idealizado em minhas verdades... Aquele céu azul escuro, do lado do universo invadido pelos meus devaneios, pode colorir o ser olhar, quando por aqui nenhuma corrente prender o seu coração. Não chore mais, meu amor... Essa distância de nossos corpos não podem afastar nossos corações, ainda que os sonhos pareçam ter sido levados pelo vento, e que todos os olhos condenem a minha ilusão. Resta-nos a esperança do brilho de uma manhã nova, onde o nosso amor seja realmente livre, e quando a madrugada nos perder entre labirintos escuros, eu tenha as suas mãos para me agarrar, e o seus braços para me proteger... Te amo, loucura da minha poesia. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Poucos Restos



Olá?
Pode me ouvir? Talvez a minha voz esteja abafada pelos meus gemidos... Sussurro... Existe alguém atrás dessa porta trancada? Aqui onde a luz é pouca, e meu coração guarda segredos. O amor é soberbo? Fugindo de nós mesmos por um pouco de prazer na solidão, nessa hora morta de passos vigiados e sonhos invadidos. Me agarraria em você se derretesse sobre as paredes do meu quarto... Mas talvez não conseguisse voar... O ar parece tão denso, tão carregado de mentiras eletromagnéticas... Então olho para os meus pés, perdidos nesse chão de concreto, acorrentado ao túmulo dos mortos, esperando um sentido aos olhos dos que ainda restam... A poesia não é difícil... O abandono latente é o nosso refúgio... E esse tempo que nos separa talvez nem exista mais....

sábado, 25 de janeiro de 2014

Se...

 


Esses caminhos que percorremos inconscientes... Tudo parece ser exato até mesmo quando falhamos... Eu podia ter olhado pela janela quando eu era jovem, ou caído no abismo ainda criança, mas as escolhas eram segundos de um tempo estático. E nada importava... Amores que construímos em nosso tédio, para chorar lágrimas que eram belas, e manchavam as últimas folhas do caderno onde desenhávamos corações. Eu sei que talvez exista um muro lá adiante, onde nossas fraquezas sempre olharam para trás, procurando afeto em nossas memórias, mas... O dia claro de hoje, desse instante em que eu te escrevo, é apenas um fragmento de um futuro que nem imaginávamos, e para quê? Se podíamos ter parado lá atrás... Eu estarei lá, te esperando nas páginas de um romance qualquer... Talvez chova muito, talvez eu me embriague... Talvez eu te odeie e te ame ainda mais... A poesia de toda a minha ilusão diante de um mundo que eu nunca quis entender, mas que sangrou meus passos para que eu percebesse que a vida, essa extensa lacuna entre nossos medos, talvez nunca exista mais, a não ser em nossos sonhos...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ilusão


Hello...
Esses sonhos talvez sejam a única coisa que nos resta... Colorir nossos adeuses dessa última estação. Aqui estarei, desnuda, em seus braços, que já sentem essa distância irreal nessa pouca pele que nos cobre. Saber o que significa esse amanhã... Nebuloso ou eterno, talvez seja parte da ironia de nossos deuses. Mas nas horas mortas da madrugada, onde fingimos a nossa solidão, é pouco esse tempo que espalha nossos versos, e engole nossos beijos... Nossos beijos partidos em nossos corações, esse desejo que nos adormece, e nos veste de fragmentos de toda a nossa ilusão. Ontem nada havia, éramos sós de mãos dadas que se perdiam... Mas agora, esses segundos que não se perdem, onde nos encontramos em cada sorriso, ou em um olhar distraído. Você, que agora se faz eterno, nesse meu elo corrompido de infâncias inexistentes, de pesadelos inertes... Nosso barco que navega sem rumo, certo de um destino e um descanso... Tantas luzes esquecidas entre os astros, e nós desmaterializamos nossos corpos para esse amor latente e urgente... Eu te espero... Sempre...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A Dream for Today

 
 
 
Hi, my love...
 
Is the night really warm? I dreamed with these moment for so long... A moment of hope, though may the seconds be running out of our hands. Are there angels to reach me tonight? What would they say? Do you need time for miracles? I hear your silence in my heart... Sometimes you cry... It's been lonely here, aching within my blood, but I still have a reason to fight against this hate I cannot understand... This presence of the unkown angel, it still spills sadness in my soul, and there are not words to make it better. It still hurts me so... But today, I found a way to make a ordinary flower grow amond the stoned shadows... Believe me... I will live for this day, where freedom will carry us home.
 
Loving you...

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eterno

 
 
 
A cidade já se despe, vejo seus vultos... Aqui no meu quarto escuro, eu te tenho em meus braços. Sinto-te ardente, desejando meu prazer involuntário, soberbo e tenebroso. Procuro teus beijos... Sua saliva escorre do meu queixo... O nos prende à esse mundo sórdido, exceto essa angústia? Os demônios quentes, fingem amor... Depois roubam e destroem. Nosso grito mudo transformado em gemidos agudos... A parede é pouca, o colchão é pequeno, o travesseiro insuficiente... E te quero assim, lentamente se apossando dos meus sentidos, molhando seus dedos no meu gozo, disfarçando meus sorrisos. Esse tanto eterno em nossas carnes, esperando pelo último suspiro. É liberdade? Que sentido existe em se lançar ao pó, se não for para evaporar com o nosso suor? Te amo loucamente, fugindo do abismo entre as minhas pernas...
 


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Hope

 


Lonely land, this one I run. I thought that there was just our pride that was tearing us apart. But there are so many words I still cannot understand, like failing my dreams of freedom. These are flowers that I found here, under the trees. The same trees that grow outside... They remind me that everything here is there to waste, like all of my tears... Hold me, my love... There will be a sky without racking wires, within our weaking souls. All the montains I claim are my nearest desert, where not only cold water is desirable, but our reigns of passion and desire... This cannot last so long... We deserve that... Our  own miracles of peace.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Em Tempo

 




Vários minutos já se acabaram... Ainda tenho os seus beijos. O silêncio se move nas nuvens, e não se incomoda com a loucura do tempo, esse que nos destrói. Nosso abrigo debaixo dos teus lençóis, onde as correntes nos sedam e nos entregam à paixões... O que esperamos dessa vida, além de nossos sonhos, azuis, pulverizados em plantações de flores? O inverno frio de nossos corações... Não escolhemos outra roupa, nossa pele nua, em cicatrizes expostas ao vento. Essas palavras, talvez se calem um dia, talvez olhem em outra direção, mas agora elas sangram o que não se pode ver perfeito. Meu próprio amor. Fuja se puder, meu amor... Se esconda no abismo do universo, se entregue à última estrela. Esse céu cinza ainda há de desaparecer dos nossos olhos, e nos libertar... Já houveram guerras demais, e nenhum rei foi coroado... Mas seus pés descalços sempre pisaram espinhos, e a chuva ainda alaga nossas ruas...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Tristeza

 
 
 
A tarde cai agora, vazia... Engolindo os mistérios de cada solidão. Um sonho tão distante, que inventei nos meus braços, com recortes de jornais, no lado de dentro, sufocado e inerte. O tempo que nos separa, que inventa mentiras e deixa pobre o meu amor, secas como as flores que me rodeiam. Existe um ódio com o qual eu não sei lidar, encravado nas misérias dos corações amargurados, que lentamente apagou o brilho dos meus olhos e me roubou a alegria de viver. A simples alegria de observar o sol colorir o céu ao entardecer. Essa ganância de me impedir de amar furou meus olhos com maldade, e me sepultou em minha própria cama. E de que adiantam asas se o céu está sempre nebuloso, e me espreitam os urubus? A última esperança é um sono eterno, onde eu não sinta mais as pedras que me feriram, e nenhuma memória seja dolorida demais para ser lembrada. Sinto saudades de um lugar que eu ainda não conheci, onde os estranhos sejam novamente estranhos, e possam ser amados, sem que esse amor possa nos destruir. 
 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Saudade

 


Meu amor...
 
Onde estás agora, além de adormecido em meus braços? Pode sentir os batimentos do meu fraco coração a te esperar? Aqui, nas paredes envelhecidas do meu quarto, as horas passam lentamente, em madrugadas insones sob o ruído gélido dos meus devaneios. Observo a prateleira com minhas poucas bonecas... Ainda me fazem companhia as ilusões da infância, quando já tudo parecia se ausentar de mim e seu rosto ainda era estranho. Procuro seu olhar em cada instante distraído, e me atiro de precipícios na esperança que o vento me leve para bem longe, onde a saudade não possa mais devorar os meus sentidos... Queria ouvir a sua voz mais uma vez, e segui-la além da distância dos mares, e não mais me hipnotizar pelo canto das sereias, que tanto querem te roubar de mim, tomando as suas lágrimas que empedraram o meu coração, onde tantas portas fechei... Venha, meu amor... Rasgado está meu ventre, sem os seus beijos para cicatriza-lo....
 
Eternamente sua,
 
Eu...

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Por Agora

 

 
Por que não vê?
Essa desilusão nos meus braços, quantos minutos até meu coração parar de bater? Todos inventamos histórias... É o nosso remédio, o nosso conforto. Meus lençóis estão amarrotados... O amor que cava em mim e que me faz transpirar... Eu podia cair da janela, e esquecer que lá fora tudo foi o mundo, esse mundo de bilhões de péssimas intenções. Quando a morte vem, em suas navalhas de traições, os laços dos presépios se partem. Esse Deus em silêncio, o que espera? Nunca busquei outra coisa, além do cansaço do amor, das lágrimas que podíamos enxugar durante a madrugada, de nossos corações partidos. A miséria cresce como heras nas tubulações do prédio e me arrastam pela escadaria escura do ódio e do tédio. Aqui fiquei, esperando olhos sagrados em meio à retinas descoladas. Deus foi azul? Deus de pés e mãos? E esse meu desejo profanado, de que é feito? Achei que me vendia, e vencia... Mas tudo é turvo nesse espelho de mentiras, e de um amor que não é cuidado ou etéreo. Essas palavras ficaram perdidas nessa página sem que ninguém as leia? Não posso vencer os oceanos que nos separam, mas te procuro em alguma lágrima verdadeira. Amor, se vai, não se confunda na estrada em que caímos... Era pouco e era tudo, esperar os últimos minutos...