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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Por Agora

 

 
Por que não vê?
Essa desilusão nos meus braços, quantos minutos até meu coração parar de bater? Todos inventamos histórias... É o nosso remédio, o nosso conforto. Meus lençóis estão amarrotados... O amor que cava em mim e que me faz transpirar... Eu podia cair da janela, e esquecer que lá fora tudo foi o mundo, esse mundo de bilhões de péssimas intenções. Quando a morte vem, em suas navalhas de traições, os laços dos presépios se partem. Esse Deus em silêncio, o que espera? Nunca busquei outra coisa, além do cansaço do amor, das lágrimas que podíamos enxugar durante a madrugada, de nossos corações partidos. A miséria cresce como heras nas tubulações do prédio e me arrastam pela escadaria escura do ódio e do tédio. Aqui fiquei, esperando olhos sagrados em meio à retinas descoladas. Deus foi azul? Deus de pés e mãos? E esse meu desejo profanado, de que é feito? Achei que me vendia, e vencia... Mas tudo é turvo nesse espelho de mentiras, e de um amor que não é cuidado ou etéreo. Essas palavras ficaram perdidas nessa página sem que ninguém as leia? Não posso vencer os oceanos que nos separam, mas te procuro em alguma lágrima verdadeira. Amor, se vai, não se confunda na estrada em que caímos... Era pouco e era tudo, esperar os últimos minutos...


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