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sábado, 4 de janeiro de 2014

Em Tempo

 




Vários minutos já se acabaram... Ainda tenho os seus beijos. O silêncio se move nas nuvens, e não se incomoda com a loucura do tempo, esse que nos destrói. Nosso abrigo debaixo dos teus lençóis, onde as correntes nos sedam e nos entregam à paixões... O que esperamos dessa vida, além de nossos sonhos, azuis, pulverizados em plantações de flores? O inverno frio de nossos corações... Não escolhemos outra roupa, nossa pele nua, em cicatrizes expostas ao vento. Essas palavras, talvez se calem um dia, talvez olhem em outra direção, mas agora elas sangram o que não se pode ver perfeito. Meu próprio amor. Fuja se puder, meu amor... Se esconda no abismo do universo, se entregue à última estrela. Esse céu cinza ainda há de desaparecer dos nossos olhos, e nos libertar... Já houveram guerras demais, e nenhum rei foi coroado... Mas seus pés descalços sempre pisaram espinhos, e a chuva ainda alaga nossas ruas...

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