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domingo, 29 de dezembro de 2013

Amor...

 

Ao meu coração...
 
Quanto do tempo já se perdeu, sem você aqui, saciando a minha sede de amar... Escrevo agora antes que o ódio que nos envenenou nos afaste, e torne fraco os nossos laços entre as nuvens que se espalham no firmamento. Todos os dias eu adormeço ansiando pelos seus beijos antes que o sol invada as frestas da janela do meu quarto. Mas eu abro os olhos e o que me resta é vestígios do seu cheiro ao meu redor, sumindo com o pó que se desprende do teto de madeira. E eu percebo então que não está aqui, que não posso abraça-la por dois minutos, e dizer que te amo de todas as maneiras que a minha imaginação ousar inventar. O silêncio é surpreendido pelo cantos dos pássaros, e eu sinto vontade de chorar toda a dor empedrada no meu peito, mas apenas duas ou três lágrimas escorrem pela minha face. Então eu me esqueço de que talvez não nos reste tanto tempo assim... Que nesse mundo o amor ainda é algo tão vulnerável que qualquer espinho, agulha, ou ramo farpado consegue destruir. Se não houver um lugar para nós, nenhum poema terá sentido... Por isso, meu amor, ainda que o universo seja feito de um vazio impenetrável, lembre-se sempre que eu estive aqui, para que o seu olhar tivesse sempre um horizonte para sonhar... Ainda que as margens dos nossos oceanos estejam distantes e cobertas de pedras.
 
Seja por mim, o que tiver que ser...
 
Te amando sempre...
 
 

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